domingo, dezembro 03, 2006

Da dama da noite e seu perfume

Respiro o ar da noite tomado pelas damas cheirosas. Lembram-me das noites Andradinenses, valsas que só existiam em meu peito de menino. Cercas brilham e compõem o poema, acertam milhares de pombos, acertam centenas de palavras e mesmo assim resisto, as escrevo, rebelde que sou. Enxames me atacam, as caudas acesas iluminando os campos, pirilampos noturnos retocando o poema e grito que vivo permaneço, ainda que pobre, ainda que sem outro abrigo a não ser eu mesmo

Um comentário:

Ana Costa disse...

Obrigada por nos proporcinar momentos de rara beleza poética!