Os dias são pequenas mãos envolvendo-me,
formas óbvias e sedentas do tempo
multiplicando-se
em cantigas de sol e chuva.
Componho os dias, componho
como riso e como pecado, luz matinal,
o espaço cantando fugas
mulheres loiras e nuas,
gnomos que persigo desde criança.
Submeto-me à sombra dos anos
percebo atrás de tudo o desenho da morte
princípio mudo de tudo.
O silêncio, o silêncio.
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