quinta-feira, dezembro 07, 2006

Incertas flores

Longo é o peito e crua é a forma
Onde bizarras loucuras quebram cadeias,
Amores cegos
Na tarde decadente de inverno e ferros cortados.

Longas são as mãos que tocam desbotadas flores
E sujam o quintal vermelho de sinais
E voam e caem
Como borboletas desqualificadas me invadindo os olhos.

Longos e imortais são os instantes, os poemas
As grafias sonolentas escritas na folha do tempo.

Atravessam os campos, cemitério de cruzes
Esquecendo o peito amargo e sedento
De onde nasceu, caminho incerto de flores.

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