terça-feira, janeiro 01, 2008

A carta do suicida

O que acontece
agora
nesta tarde morna
tranquila
nas estradinhas
de longos passos

Nesta tarde morna
em que tantos
morrem
e tantos choram
imagino o que acontece
dentro
de um país distante

Neste momento
nesta hora
no vento calmo
desta tarde de agosto

Sou um dos que morrem
e choram
de desgosto
nesta tarde
de um país distante


São Paulo 11/08/1982

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