A palma da mão decifra
Outonos
E negras formas
Mulheres sedentas
E homens famintos
Seguindo a rua, o asfalto
Recém pintadas portas.
Até certo ponto
Não me toca
Esta cor maldita de fim de tarde
E a palma da mão enxuta
Serpente absoluta
Cercando
Meu coração
Marcado a fogo.
Janeiro/1984
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