quinta-feira, janeiro 03, 2008

Nada é mais espesso

No carro, o tempo é compassado pelo vai e vem
Dos limpadores,
Deixando ver, ao longe, a curva
medida crua de espaço.

Em geral os clichês são verdadeiros
E os círculos se fecham abismados
Sublinhando lugares e contos
Rasgando as serras e os vales que se desenham
À frente.

Retorna-se a antigas casas, extensões de corpos
Papéis antigos sobre a mesa esperando a volta
Pneus marcando de negro as trilhas.

Nada é mais espesso que o sangue
Misturado às lagrimas.
Nada é mais mortal que o mergulho
Em coisas não reconhecidas
Invisíveis demais para serem colocadas à mesa.

9 comentários:

vieira calado disse...

Um excelente poema e uma imagem deliciosa.
Parece uma casa alentejana.
Um abraço.

ॐ Hanah ॐ disse...

Olá Philos,

Obrigado por sua visita..

Que coisa boa entrar em seu blog, posts/textos Maravilhosos...

Voltarei aqui para passear mais calmamente por esses prados...

Abraço Grande

Hanah

Nilson Barcelli disse...

Olá
Obrigado pela sua visita.
Li alguns poemas seus e gostei bastante.
Um bom Domingo.
Abraço.

Maria Azenha disse...

Gostei de conhecer a sua escrita. E este espaço. È especial. Obrigada pela visita,

***maat

Titá disse...

Que espaço agradável. Obrigada pelo convite. Voltarei mais vezes.

Agradeço a visita e as palavras.

Um beijo

andorinha disse...

Atravessei um oceano, encontrei um mar de poesia. Obrigada por me mostrares o caminho.
Um abraço.

Claudinha ੴ disse...

Olá, vim retribuir sua visita e fico maravilhada com seus textos. Gostei do seu estilo e das abordagens. Me lembrou que "O essencial é invisível ao olhos" e me encantou. Agora chove e vou ligar os limpadores quando sair. Estarei refletindo sobre seu texto!
Voltarei, certamente!
Beijo!

Ad astra disse...

Olha que gostei mesmo deste blogue vou por ca passr mais vezes, sim!

Um abraço

un dress disse...

gostei muito da tua escrita.

extensões de corpo e alma...:)

no caso deste adorei a foto. cor e forma que muito me diz!!





até.já


.abraÇo