Em certas horas da noite há um barulho de vento no assoalho
Há uma couraça, algo moldado à nossa própria imagem
Muitos povos morando nesta imensa rua amarela e só
E muitas esquinas que ainda não foram sequer visitadas
Mas depois de algum tempo olhando a enorme lua diária
Percebemos que somos presas fáceis no retrovisor do tempo
Olhando as coisas com uma lente de aumento gigantesca
Aumentando a escassa luz que engatinha no escuro
Tentamos nos desculpar pela imagem desfigurada
De um velho livro opaco encadernado em couro
Abandonado na mais funda e obscura das gavetas
Onde escrevemos nossa história, nem sempre humana
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