A antiga historia se repete
Sempre da mesma forma:
À tarde a mulher ergue o rosto
Limpa o suor da testa
Olhando o dia morrendo
Atrás do morro prenhe
De feijões e milho.
Algumas vezes encontra
Entre as valas de sementes
Tulipas espantosamente
Simétricas e indecorosas
Jogadas por algum pardal
Declaradamente sábio
Sabiamente distraído.
Ramagens sombrias
Cercam as vezes o fiapo
De flor que se esmera
Em subir pela palha
Do milho amarelo
Pescado pelo vento
No dorso acomodado.
É a mesma e velha historia
Que eternamente se repete
Onde a finura do caule
De uma planta fugaz e sutil
Carrega no bojo outra mais leve
Certos talos, certas mudas
Invadindo os morros e as tardes.
Gravura resplandecente
da mão de Deus
e suas escritas cor de canela.
Sempre da mesma forma:
À tarde a mulher ergue o rosto
Limpa o suor da testa
Olhando o dia morrendo
Atrás do morro prenhe
De feijões e milho.
Algumas vezes encontra
Entre as valas de sementes
Tulipas espantosamente
Simétricas e indecorosas
Jogadas por algum pardal
Declaradamente sábio
Sabiamente distraído.
Ramagens sombrias
Cercam as vezes o fiapo
De flor que se esmera
Em subir pela palha
Do milho amarelo
Pescado pelo vento
No dorso acomodado.
É a mesma e velha historia
Que eternamente se repete
Onde a finura do caule
De uma planta fugaz e sutil
Carrega no bojo outra mais leve
Certos talos, certas mudas
Invadindo os morros e as tardes.
Gravura resplandecente
da mão de Deus
e suas escritas cor de canela.