domingo, março 23, 2008

REDEMOINHO EM FÚRIA

E aconteceu que os carrilhões silenciaram.
Ecos morreram, tudo se extinguiu de uma forma negra
Sequer os rumores continuaram.
Meu próprio corpo se desfez em movimentos lentos
E solenes,
Uma imagem espectral dando seus derradeiros apelos.
Em toda a face do mundo,
A noite declinava, os relógios se calaram,
Figuras foram solapadas de seus ornamentos.
Não havia mais musica e cores já não se via.
Todo o engano, é achar que sentir é particular.
Por isso amplas formas nos perseguem, nós que somos
Os trovadores de uma nova jornada.
Mascaras que ocultavam rostos, aquietaram-se
Fugitivos perderam as forças, os versos escaparam
Entre os dedos singulares do homem-brisa.
Acima do oceano, pairava o espírito de Deus.
Deslizando, gigantescas vagas formavam
Verdes e mais verdes de abril.
Pouso nele, me refugio nele, o espírito
Rebentado em gotas de luz,
Tempo e redemoinho em fúria

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