"Irmão,
gostaria de ir à lagoa para banhar-me
em tua presença
e deixar-te ver as minhas belezas
na fina túnica de linho
que, banhada, adere ao corpo.
Desceria contigo à água e dela não sairia
senão tendo entre os dedos
um belo peixinho vermelho.
Vem ver-me?"
Diz o moço:
"A irmã querida está lá embaixo,
um rio nos separa,
um crocodilo está estendido
num banco de areia.
Mas quando entro n'água,
caminho por cima dela;
o meu coração é corajoso na água,
e esta é como terra para os meus pés.
O amor que te consagro
me torna assim forte;
lança um sortilégio
contra a água e os crocodilos,
minha irmã, minha amada".
(Poesia egipcia do reino novo, séxulo XIII a.C)
Vem ver-me?"
Diz o moço:
"A irmã querida está lá embaixo,
um rio nos separa,
um crocodilo está estendido
num banco de areia.
Mas quando entro n'água,
caminho por cima dela;
o meu coração é corajoso na água,
e esta é como terra para os meus pés.
O amor que te consagro
me torna assim forte;
lança um sortilégio
contra a água e os crocodilos,
minha irmã, minha amada".
(Poesia egipcia do reino novo, séxulo XIII a.C)
Um comentário:
Caro Phylos, poesias belíssimas das civilizações postaste. Esse tema de "amor fraterno incestuoso" muito me chamou a atenção, é bonito e nem tanto implícito, à moda grega, é democrático. A poesia contemporânea a esse tema ainda se esconde na hipocrisia.
Belas postagens belas melodias!
abraço, simao
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