Famoso flaustista, Mimnermo, que viveu na segunda metade do século VI, celebrizou-se na história da literatura grega por ter sido o primeiro elegiaco amoroso. Amante de uma bela flautista, chamada Nanó, pintou os seus próprios sentimentos, exprimindo os seus amores e a sua melancolia.
Seu tema predileto é a alegria de ser jovem.
"Que é a vida,
que é felicidade sem a brilhante Afrodite?
Possa eu morrer antes de perder
o interesse por essas doces coisas:
secretos amores, amáveis presentes,
belas flores da juventude.
Quando chega a velhice dolorosa,
que confunde a fealdade e a beleza,
o homem é dilacerado por
cruéis inquietações.
Os raios do sol não alegram mais seus olhos;
as crianças odeiam-no,
as mulheres desprezam-no.
Oh! Como os deuses fizeram
a velhice miserável!"
2 comentários:
Meu bom amigo Phylos, veja só! desde àquele tempo, o tempo o tempo o tempo vem desprestigiando a vida. Eu até me arriscaria te dizer que os deuses não têm nada a ver com "a velhice miserável!" Têm os meus e os teus olhos, esses sim são os culpados, juízes à degeneração a julgar, porque também envelhecem. Dizia uma amiga: "inexoravelmente".
Bela poesia.
abraço, simao
"...a morte acontecerá um dia, quando efectivamente...as Moiras a tecerem..."...Calino
...pelo prazer do blog...
http://saboresdedocesedelivros-sabores.blogspot.com/
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