sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Eu / A folha

Cai a noite. Talvez eu
Deva conter o poema
Não deixá-lo avançar
Sobre o papel branco
Imaculado.

Cai a noite. E a caneta
Estremece, o coração
Estremece. Dentro de mim
O soluço de quem se
Revolta.

Talvez eu deva conter
Essas linhas inertes
Essas linhas incoerentes
E jogar na rua,
Não na folha branca,
Esse meu desespero.

2 comentários:

Ana Costa disse...

Belo poema, seus versos calam profundamente na alma.
Abraços

Anônimo disse...

Ontem a noite me senti assim...