sábado, fevereiro 24, 2007

Cadarços Verdes

Tenho expostas algumas explosões de carinho e melancolia.
É como viver entre barraquinhas de flores.
É como um enxoval escandaloso do céu às onze horas de um dia cintilante.
Gosto de ficar sozinho, longas faixas escancaradas,
longos carros, conduzidos por meninos numa avenida sem cruzamento.
Avencas murchando, a alegria em choque, a festa que havia.
Sem pressa, a morte acenando ao longe: quarenta e dois anos, mal ou bem vividos.
Os enfeites de cadarço verdes simbolizam o dom que se perde.
Estou pregado ao solo e morro em pleno dia.
Movimento de adeus e de reencontro.

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