quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Minha ilha

(Recanto Clever Casado - Bálsamo - Próximo a São José do Rio Preto)

Um torvelinho de cantos assola minha ilha, e as aves
desviam-se porque não são tolas, percebem o ar viciado,
arruinado de gritos que se constroem, apesar de mim e das horas.

Desmancho e caracterizo solos minados, dissipo pontes,
desenho no espaço outras aves e a primeira sensação é:
liberdade, que não quer dizer nada, mas nos torna tolerantes.

Frouxas emoções formam-se; e luto esmagado pelo mecanismo
sórdido do filamento, transigindo espéculos e datadores,
horas molhadas , aqui, nesta ilha formada de gotas.

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