quinta-feira, março 29, 2007

Crescente

Grandes luas desenham o crescente,
Alguns ramos, riscos desmaiados contra o clarão do céu
Me deixam estático, asperamente largado,
Entre eternos gritos e luzes.
Grandes luas querem espaço na cidadela sitiada
Que compõe a tarde, atrás dos prédios,
Apartamentos ocos de inexplicáveis sonos.
Embebido em dor, olho a corrida plena
Entre carros e pessoas desconexas
Largadas
No vazio dos imensos promontórios.

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