terça-feira, janeiro 02, 2007

No Ser mortal que sou, apenas

(Com o pensamento em minha mãe)


Não somente o tempo se confunde com as maçãs
Como bem alto, além das exortações e dos anjos
As lendas tornam-se verdadeiras e reais.
Não sou qualquer fato, nem desejo mais que mereço.
A linha do possível e do notável é a mesma linha
E a suspeita do que sou, imitação de prodígios
De quem conspirou e perdeu o tino dos versos.
Mas me disponho, como se dispõem os peixes
E me desfaço em coisas que não sei ao certo
Se enchem a terra
Ou se me secam
Onde hoje navego silenciosamente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Phylos, teus escritos têm corpo e alma...cor e textura. Parabéns e feliz ano novo!

Anônimo disse...

há revelações no poema e uma certa inceteza na poesia

Juliana Marchioretto disse...

disposição ajuda. e muito.

bonito texto.

beijo