No aparelho do canto/pinta a dor e seu encanto
Na curva vil da rua/espalha-se uma ferida crua
No vazio do nosso espanto/fica o homem e seu rebento
Na escura ceia de cada dia/sobra o pé a passo lento.
No canto/espanto
Na rua/a dor nua
Na face/o disfarce
No dia/a falsa alegria.
Na candura de cada dia/espalha-se o resto só da ceia
No escuro vazio do canto/morre calado seu rebento
No dia vil daquela rua/sobra a dor tangente e crua
Na ceia pintada de preto/caminha o homem a passo lento.
(uma das antiguinhas....)
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