(Criação: Paulo Cesar Eu - Lisboa - Portugal)
Foto:Almada, junho 2007
Modelo: Gymmer
Visitem o trabalho deste artista em:
www.anjosdeasastombadas.blogspot.com/
www.paulocesar.eu/
msn : pcesar1972@hotmail.com
Dizem que minha melhor face
É aquela que desenha
Uma andorinha
Num vôo rasante
Ao cair da tarde.
Dizem que minha melhor face
É aquela impressa em cordão de ouro
Em estado de cura, em cores
De Luxe, loucas ao calor
Do fogo.
Dizem que minha melhor face
É uma camada de brasa
Arco e flecha,
Gênios infantis criando sonhos
Em espelhos.
Mas eu digo que minha melhor face
Ainda não foi vista nem será
Para que ninguém possa,
Curá-la, alimentá-la,
Peça em bronze ou aço.
Para que ninguém possa, ridiculamente
Faze-la novelo, flocos de algodão
Molhado, cristais qualquer
Louvados em vozes roucas
E líqüidas de outono.
Para que ninguém me veja, assim, despido
Caído em marquizes desbotadas
Desnudo em minha essência
No solo ferido, submetido a risos
E falsos elogios.
Para que não se façam ídolos,
De barro, marcas duradouras
Marcas cunhadas em mim
Numa outra imensa e solitária face
De outro homem, que jamais serei.
Foto:Almada, junho 2007
Modelo: Gymmer
Visitem o trabalho deste artista em:
www.anjosdeasastombadas.blogspot.com/
www.paulocesar.eu/
msn : pcesar1972@hotmail.com
Dizem que minha melhor face
É aquela que desenha
Uma andorinha
Num vôo rasante
Ao cair da tarde.
Dizem que minha melhor face
É aquela impressa em cordão de ouro
Em estado de cura, em cores
De Luxe, loucas ao calor
Do fogo.
Dizem que minha melhor face
É uma camada de brasa
Arco e flecha,
Gênios infantis criando sonhos
Em espelhos.
Mas eu digo que minha melhor face
Ainda não foi vista nem será
Para que ninguém possa,
Curá-la, alimentá-la,
Peça em bronze ou aço.
Para que ninguém possa, ridiculamente
Faze-la novelo, flocos de algodão
Molhado, cristais qualquer
Louvados em vozes roucas
E líqüidas de outono.
Para que ninguém me veja, assim, despido
Caído em marquizes desbotadas
Desnudo em minha essência
No solo ferido, submetido a risos
E falsos elogios.
Para que não se façam ídolos,
De barro, marcas duradouras
Marcas cunhadas em mim
Numa outra imensa e solitária face
De outro homem, que jamais serei.
Um comentário:
Fico imaginando que homem é esse... que jamais será... e por que... tantas coisas guarda, protege em si mesmo...
Pode ser bom se expor... se jogar na vida... pq não fazê-lo, não é garantia de não sofrer.
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