jc_olhares@clix.pt
Abrir a caixa, deixá-la às escâncaras.
Dilatar a porta, explodir as janelas opacas
Destruir a comédia que se representa,
De modo tão vil e desigual.
Construir novo terreiro, novo telhado
Que não seja de vidro e germinar rebentos
E renovos, novas crias.
Dilatar a porta, explodir as janelas opacas
Destruir a comédia que se representa,
De modo tão vil e desigual.
Construir novo terreiro, novo telhado
Que não seja de vidro e germinar rebentos
E renovos, novas crias.
Abrir as formas que há tanto tempo
Nos empesteiam e nos denigre
Abrir as gavetas, queimar aquelas roupas
Antigas que nos cobriam o corpo imenso
E podre, tantas vezes banhado e perfumado
E já prometido para a terra.
Abrir a caixa e colocar nela antigos lixos,
Papeis insanos, títeres,
Abrir a rua
Destrancá-la, construir calçadas
Onde pontes iluminem velhos, sentados
Em seus portões de pinho.
Radiante, seguir o mastro do sol
E se deixar cair sobre a grama verde
Do quintal defronte,
vestido de cores vivas
e lambuzadas de mel
e gritos.
3 comentários:
Excelente post, Fhylos, excelente!
Parabéns.
Este texto aflorou meus sentimentos fez brotar uma lágrima...os versos penetraram minha alma
lol
desculpe mas o autor da Foto não sou eu, mas sim um Amigo, José Tavares, cumprimentos
João
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