segunda-feira, novembro 27, 2006

Se tudo viesse da parede azul

Se tudo viesse da parede azul, o olhar ansioso de espera, a sombra do guarda-chuva, se tudo como um corpo celeste, se tudo vento espaço vida tempo, viesse da parede azul que eu vejo ali perto pichada de negro agressivamente, se tudo Meu Deus Se tudo, a mulher a vagina a viúva gina, a elasticidade natural da coisa, viesse da parede azul que um dia nasceu das entranhas de um homem, se tudo viesse, quem sabe não seria melhor que isto, este vazio enorme, esta pergunta enorme? Se tudo viesse da parede azul (É proibido colar cartazes!) eu seria outro, profundo abismo queimando o eterno dos teus olhos.

Nenhum comentário: