terça-feira, abril 17, 2007

O rio que segue

A grave presença dos corpos.
Só reafirmo o que se sabe,
O valor da terra enriquece os portos
Sátiros pendurados pelos postigos
Prestigio de ser livre e perigoso.
Encerra o versar da terra e suas
Ordenações.

As cores pretéritas são portas obscuras
Decorrentes de rasas pontes de madeira
O rio que segue se ajusta ao ponto morto
Da rigidez e dos remotos antiquários.

Regimes de contas ouve-se na noite.
Onde as pontes (sempre elas)
São desestruturadas, assuntadas, dobradas,
Um quarto de hora que já se finda.

A noite caindo, pesada como cimento.

Um comentário:

Juliana Marchioretto disse...

tetxo poético, mas forte, como não costumamos ver em se tratando de "minha terra tem palmeiras"..

bjo