Foi na véspera que vi as pessoas na encruzilhada
Umas com cerveja na mão, outras rindo em crescente
O dia parecendo um uniforme de cores e luzes
E através das cerquinhas um prenuncio de noite em êxtase
Uma porção de tempo aguilhoado pelo espanto
O medo e aflição da vida bem distantes e incrédulos.
Avançavam a pé no rastro da manhã esquecida
Um inevitável desenho entre as arvores e as clareiras
Um fogo de vida abraçando as guirlandas
Dos risos e dos pés, as bicicletas avançando
Entre os descalços, findando a rua, as fileiras
Entre o pó da manhã e as aléias freqüentes.
Um farrapo de papel mostrando a cena ao mundo
Um instante perpétuo e fugaz, abas e estrelas
Risos e cervejas, pés e flores, um tumulto de vida
Materializando o pouco que temos e que chamamos
De Existir, pobres que somos, nós os mortais
E inquietos donos dos risos e das dores.
Um comentário:
Belíssimo poema!
Percebi uma mudança em seus textos, ganhando agora outras formas. Bem interessante.
Gostei muito do novo visual do blog.
O antigo continua a existir?
Grande beijo, amigo.
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