sábado, maio 31, 2014

A REPRESA



A temporalidade é o que se lança
No nosso rumo, a história de nossa própria divindade.
Deuses? Talvez, 
Mas o esquecimento é o descanso,
O necessário sermão que o espírito dá ao pó:
Corpo, decomponha-se, 
já não preciso de ti,
Fui seu dono momentâneo, te limpei, 
te vesti. Mas a comporta que foste não és mais,  sou livre.
Durei enquanto pude, férias de sol e luz.
Apenas o tempo é mestre,
Ninguém mais.

Um comentário:

Regina Dutra disse...

Estive (tive) em um quintal assim. Gostaria de reavê-lo. O tempo passou e ele não saiu de mim.