quinta-feira, junho 28, 2012

AO POETA MARIO QUINTANA

                                   Pedra Grande, Atibaia, Estado de São Paulo

Olha só, eu não sei exatamente porque escrevo.
Mas um dia um poeta disse que, mesmo se existisse,
Sozinho, no planeta, em meio a arvores e solidão,
Pedras, mares, chuvas, rios e montes,
Sem nenhum outro ser humano como amigo,
Ele escreveria.
Para aplacar sua dor.
Mas que dor?
A dor de olhar e ver.
A dor de Ser
A dor imensurável de saber-se finito,
E de que um dia, todas as coisas morrerão,
Quando fechar os olhos.
Dói existir.

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