Tarde na roça, perto do rio e sua folhagem.
Um inverno que começa e seu silêncio,
Uma safra de trigo completamente madura
Um silêncio amarelo de flores e ondulações.
Por dentro um silêncio de pano roxo
Uma coisa diferente de nossa chuva
O solecismo perdido nos rincões da palavra
O silêncio da palavra. O silêncio da cidade,
Que é apenas uma estação de mim mesmo.
Pedaços de silêncio desenhando um pôr-de-sol
Caindo sobre a estrada cheia de carros e gritos
Vento fresco, um quadro escancarado da alma.
Um silêncio que se quebra e se pronuncia
Melhor do que eu, melhor do que o que sou.
Um comentário:
Mauro,
Que linda poesia, amei!
Abraço..
Carmen
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