domingo, janeiro 09, 2011

Linha secreta


Se eu vejo, teria sido melhor que não visse:
A chegada da mão, do corpo apenas sublinhado
Um telhado vermelho na cidade infinda
O desejo apaziguado e o andar da noite.
Deixe-me que lhe diga, tudo isso é doce
Isolado, de vida e de morte, de cor e chumbo.
Um trem a meia-noite levando gente sonolenta
Escrevendo no chão da terra a linha secreta
- um corpo de mulher povoando as palavras.
Um nome de gente sussurrado as cegas.

Nenhum comentário: