Longe de mim e dos esboços que antes vira
Rumo ao imenso vagão, pálpebras sublinhando
O horizonte cortado de fumaça.
Durante este tempo desenhei em mim mesmo
Uma veste, caverna poderosa onde poderia me esconder
Dos dias e dos homens.
Carreguei cargas além de minhas forças
E minha única afirmação era: ainda existo
Ainda caminho, ainda olho, itinerante e solitário.
A fome não era nada, ramagens me acordavam
Exalando cheiros quase que líquidos.
Do outro lado de mim, um rio, uma grande história.
Um rígido silencio jogado no horizonte.
Murmúrio, apenas.
O tempo desperto e na
pele.
Uma mesa, meu peito,
Uma última história fechando a janela.
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