Teu corpo é branco, liso.
Cânion meigo e suntuoso, neve impressa no ocaso do dia.
Ninguém à vista, só a largura imensa dos teus flancos.
Expressão de chuva, batuque de valas,
Mina de ouro enchendo vagões pra lá de extensos.
Teu corpo – risco, golpe, labirinto - , é som de picos, claridade e neve,
Gente falando em domingo de ruas.
Caminho errado talvez, trilha perigosa,
Placa impenetrável que nos indica ventos.
(Era larga a rua. Um feroz e selvagem sol caia sobre o bairro.
Plantas cintilavam com uma gentileza quase feminina,
De corpo esguio,
De ferozes cores arrastadas pelo chão de terra).
Já não tenho medo.
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