sábado, junho 29, 2019

ESBOÇO




É preciso falar da forma, do trilho, da pena última que nos coloca
Diante de tudo:  sim, eu me lembro.
Preciso da certeza do tempo.
O que é necessário, o que preciso para desenhar em mim os pintores florentinos de claras cores bucólicas e surreais
Preencho.
O que foi lido e declamado, o que foi destruído, o que virou prédio abandonado
Tijolos à vista como esq               ueletos em bairros escuros e mal-afamados.
Tento perpetuar minha sede. Minha atenção não é fluida.
O clareado da ideia é simples forma de colchão, caminho de trovoadas, peito inflamado
De paixão.
Sou um esboço. Mas não sei quem é o artista.